sábado, 26 de julho de 2008

Viagem de Férias

Estou um tanto animada hoje! Com os comentários da amigas lindas que me deixaram comentários e também porque descobri que o marido tem prestado atenção no meu tricô! É bem legal ver que ele sabe o que ando fazendo. Só quem já passou dias sendo tratada como forno microondas (ou seja, é um utensílio, não uma pessoa) é que sabe como é bom ver quem você gosta lhe dar atenção. Desisti da blusa da minha filha U_U Não consigo levantar os pontos para a gola e mangas... Acho que terei que ir atrás de uma professora para me ajudar a terminar. Errei o tamanho por uns centímetros. Ficou meio larguinha, mas tenho outra filha, de dez anos, que quer por que quer a dita blusinha. Está meio feia, vou fotografar depois para vocês verem, mas ao menos ficou parecendo uma blusa rsrsrsrsrsrs.
Comecei uma pelerine pequenina para a minha garotinha, pois fiquei devendo na blusa. Ai, ai, vamos ver se sai. Eu ia levar meu tricô para Ilhéus (viajo amanhã), mas uma amiga disse que agulhas de tricô são consideradas armas e poderiam ser apreendidas U_U. E vou ficar sem meus fios por oito dias. Será que eu aguento? Talvez ache um armarinho por lá... Só eu mesma para querer tricotar nas férias, na praia... Sou meio louca, admito. Bem, queridas, obrigada pelos comentários fofos e estarei de volta dia 3. Grande beijo a todas e muitos trabalhos lindos!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Projetos concluídos

Terminei meu misto de pelerine com cachecol. Ficou lindo com 150 pontos na agulha circular. Não consegui uma foto boa, mas depois peço a alguém para fotografar. Aproveitei um dinheiro extra e comprei numa liquidação de fios aqui perto de casa alguns novelhos da lã casadinho, da cisne beauty e da madri (central fios). Também adquiri alguns novelos de Anne e Camilla e Camilla Fashion.
Comecei agora uma blusa para minha filha de cinco anos, sem receita mesmo, medindo em centímetros e bolando os pontos. Está ficando bem bonita e estou aproveitando o fio Cisne Beauty. Aliás, que decepção... Se tivesse jeito, eu teria trocado. Num único novelo da Beauty, três nós... Fiquei bem decepcionada.
Ah, também fiz compras imensas pela internet. E aqui vai minha opinião: a melhor loja de internet que já frequentei, no Brasil, se chama Aslan. Gente, o atendimento deles é demais, as lãs chegam todinhas, direitinho, com nota fiscal, rápido e embaladinhas. E foi somente lá que encontrei agulhas de bambu maravilhosas, sem falar nas agulhas circulares deles, de todos os tamanhos, coisa que não achei aqui na minha cidade.
Aproveitei o dólar baixo e comprei num site indicado não me lembro mais por quem... A Good Yarn. Tudo de bom! Comprei, paguei com Cartão de Crédito e o pedido já foi expedido! E estão em liquidação. Me acabei nos fios Noro! Amei!

domingo, 20 de julho de 2008

Aniversário de Casamento

Hoje foi meu aniversário de casamento. E lá se vão dezessete anos. Nos conhecemos em 1988, há vinte anos, e parece que não passou sequer um ano. Tem sido uma convivência boa e amorosa e agradeço a Deus por isso. Estive doente e por isso não saímos de casa, mas ele encomendou minha comida preferida e me trouxe presentinhos. Terminei alguns trabalhos e pus-me a pesquisar outros. Escolhi um misto de cachecol e pelerine com franjas. A receita original não me agradou pelo fio, pesado demais e resolvi mudar, como de hábito. Escolhi a linha amor perfeito, da círculo, usado duplo. Montei 150 pontos numa agulha circular oito e fiz 25 cm de cordões de tricô. Mais fácil que isso, impossível. Falta colocar algumas franjas, se é que vou colocar ou aumentar para uns 40 cm... Estou pensando. Depois posto as fotos.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Receita com fio Jolie

Li em um outro blog, esse aqui: http://viajandoentrefios.blogspot.com sobre o fio Jolie e vi que a tricoteira não gostou muito do resultado, pois as minúsculas lantejoulas (paetês, não sei) que vem com o fio causaram alguma "pinicação". Também vi comentários aqui: http://rosani-rosa.blogspot.com
Bem, eu comprei bons seis novelos desse fio pois adorei as cores fortes e o brilho das lantejoulas (ou paetês). Fui começar a trabalhar com ele e tive a sensação de que não ficaria exatamente como eu queria: algo macio e com brilho. Pensei um tanto e peguei um novelo e meio que tinha do fio Luísa, da Círculo. O fio Jolie era azul, o fio Luísa era quase do mesmo tom. Juntei os dois e, adivinhem... Saiu um lindo e até que barato cachecol azul entremeado de lantejoulas e suave ao toque. Quem quiser experimentar, um novelo de Jolie com um e meio novelos da lã Luísa faz um belo trabalho num cachecol de 27 pontos. Usei agulha sete e misturei cordões de tricô com ponto turco. As fotos não estão grande coisa, mas acho que dá para ter idéia. Se alguém quiser a receita, é só falar.

Começar é sempre um desafio.

Pensei que já tinha feito muitas coisas e descoberto o suficiente sobre tantas outras. Só que ainda me apareceu uma novidade que me serviu de alento e alegria. Há vinte e dois anos, num armarinho pequenino, peguei duas agulhas e fui aprender a tricotar depois de ter um stress violento que me deixou em estado letárgico por dois meses. Eu tinha acabado de fazer dezoito anos, vitoriosa no vestibular e, em pânico. Uma senhora de alvos cabelos e paciência incrível me ensinou a montar os pontos na agulha e eu escolhi um modelo que já vai perdido em minha memória. Comprei fios e mais um par de agulhas e comecei. Só sabia fazer ponto meia torcido, pois achava mais fácil fiz a parte das costas da minha primeira malha. Nunca terminei. A vida foi passando, faculdade, namoro, casamento. Retomei meus poucos pontos para tentar fazer um colete para meu marido. A lã era verde e bonita. Não ficou grande coisa, mas ele usava como se fosse um prêmio. Então fiquei grávida. Tentei novamente, com lãs e agulhas, ocupar minha mente que sempre parecia não pertencer ao lugar onde eu estava. Fiz alguns sapatinhos e até coloquei-os nos pezinhos rosados e fofos da minha primogênita. E larguei totalmente tudo que tivesse a ver com tricô.
O tempo passou mais um tanto. Tive outros dois filhos. Algumas venturas e desventuras comuns na vida de todo mundo. Outras batalhas. Perdi algumas e venci outras. Já era órfã de pai desde os oito anos e aos vinte e seis eu perdi minha mãe por conta de um câncer de mama.
Faz muitos anos que sou eu e meu marido e meus filhos e mais ninguém. Meu marido também não tem os pais vivos, apesar de estarmos ambos na faixa dos quarenta anos.
Uma depressão pesada e fiquei bons dois anos vivendo em estado estranho. Até que, mexendo em guardados antigos, estavam lá. Minhas antigas e velhas e empoeiradas lãs. O preço em uma moeda que para muitos é totalmente desconhecida. Em cruzados ainda! Fiscal do Sarney... Eu ainda lembro bem disso. Lá no fundo da minha mente, eu me vi, tão jovem, tricotando num banquinho num velho armarinho que sequer existe mais.
Não sei o que houve. Apenas peguei as velhas agulhas vermelhas e meus poucos fios de lã e chorei...
Será que ainda sabia dar pontos? Não era bem o tricô que me importava. Era me lembrar do que eu podia fazer, de tantas experiências e aprendizados.
Saí para um armarinho e comprei lãs, dessas novas. Peguei novas agulhas, agora as usam tão grossas, e tentei... Acreditam que ainda sabia por os pontos na agulha? Um cachecol... Diziam que era o mais fácil para fazer e eu tentei. Peguei uma receita num lugar qualquer, num folheto desses de loja de lãs e linhas e fui fazendo. Ainda sabia fazer o velho ponto torcido em meia. Só que me lembrei que havia outros jeitos e fui tentando.
O cachecol fino e cheio de erros saiu. Cor de rosa para minha caçulinha de cinco anos. E ela amou! Fiquei tão feliz por sentir-me útil quando fatos da minha vida me fizeram acreditar que aos quarenta anos eu já era velha demais ou inútil demais para tanta coisa...
Vasculhei a internet buscando informações. Achei as aulinhas de tricô da Regina e foi minha salvação. Revi alguns pontos e aprendi mais outros. Arremate, aumento, diminuição, laçada. Encantei-me novamente. E saí para comprar mais lã e mais agulhas.
Descobri os blogs e encantei-me com vários. Vi tantas experiências bonitas, tanta gente que sonhava e que tecia. E aqui estou. Ainda não tenho fotos, mal sei mexer numa câmera digital, mas trabalhinhos, tenho alguns. Adoro misturar fios e bolar receitas do nada. Espero que eu possa ajudar alguém, assim como vários blogs me ajudaram. Essa é a pequena história do meu coração de tricô. Espero que apreciem.